sábado, março 29, 2008

Sob a Condição de Progresso

Acometido de tremenda dor de cabeça, estava calmamente a pensar, sobretudo nas suas escolhas. Chegara então a arriscada decisão, mas bem vinda conclusão. Arriscaria-se, pois não tinha muita idéia de como seria dali à frente. Teria que saciar a vontade de escrever tolices nos rascunhos, de maneira a não ser vista. E apesar da irrefutável mania de querer ser dono de graças, publicaria só o que fosse considerável e depois de revisado. Tendo em vista o seu número mensal de visitas, num gráfico que desceu a rampa, e percebido que o número de comentários quase se deixou de existir, pela segunda vez na vida decidiu reformá-lo. Da última vez funcionou e melhorou bastante. Desejara ainda mais. Menos pessoal, mais profissional. Menos coisas metidas a ver graças, coisas mais elaboradas (porém, ainda cômicas). Lembrado Lispector e já então desconfiado das vantagens em ser um bobo, escreveria como um somente na impreterível condição de ser um respeitável, e não mais chato que este conto metido à sério. E fineza será se não confundir um bobo com um burro, um inútil. Quanto ao titulo principal, não será mais este provavelmente.

Por vez, é só isso.

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1 Retrucas:

Juniupaulo disse...

Purran,
massa!
Eu vi o Fantástico em que Paulo José recitou o texto do bobo, mas não sabia que era de Clarice Lispector. Acho que tenho que ler mais coisas dela.